Há
cinco anos sofri uma fratura no fêmur e precisei colocar uma haste de titânio.
Com o tempo, comecei a sentir dor, na verdade, a dor foi quase diária durante
estes cinco anos. Nunca pensei em ver se era possível retirar a haste, porque
sempre me disseram que não poderia fazê-lo. Foi então que consultei um
ortopedista e ele me disse que poderia retirar a haste sem problemas. Fiz a
cirurgia e depois de alguns dias, estava com muita dor e com dificuldades para
caminhar. Voltei ao médico e ele me deu antiinflamatórios. Tomei por dois dias
e não estava tendo melhoras. Naquela manhã, como muitas vezes fazia, saí para
almoçar em um restaurante pertinho de casa. Ao sair na calçada, senti muita
dificuldade para caminhar, como se estivesse tonta. Ao atravessar a rua, na
sinaleira, senti um crak na perna e caí estendida no meio da rua. Não conseguia
me levantar e foi então que percebi que dois anjos da guarda saíram de seus
carros e correram para me ajudar. Perguntaram se eu podia me levantar e eu
disse que não. Então os dois me pegaram no colo e me colocaram na calçada,
(fazia tempo que não era carregada no colo) ao mesmo tempo em que outra moça,
proprietária de uma loja na esquina e que tinha visto eu cair, correu e me
levou uma poltrona para sentar. Eu não senti dor naquela hora, a não ser quando
fui colocada na maca. A conclusão a que o médico chegou é que havia um desgaste
no osso, o que favoreceu a fratura. Outra amiga que estava na janela do
restaurante dela, também me viu cair e correu para me ajudar. Gostaria de ter
agradecido melhor a esses dois anjos que me ajudaram, mas não consegui
localizá-los. Só posso agradecer a Deus por eles estarem ali naquela hora,
porque se não tivessem me visto cair, a sinaleira poderia abri a qualquer
momento e eu não teria como me levantar. Estou agora convalescendo. Precisei
instalar uma nova haste, maior ainda que a primeira. ]
Débora
Benvenuti
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